Por que alguns Astrólogos não consideram Urano nas análises?
- Astro Vision
- 7 de jul.
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Atualizado: 9 de jul.

Por que alguns astrólogos não consideram Urano nas análises?
Em meio a tantos insights sobre Urano em Gêmeos, surge a dúvida: por que nem todos os Astrólogos utilizam esse planeta em suas interpretações? A pergunta é justa, e a resposta atravessa o tempo, o olhar e a própria evolução da Astrologia. Urano: a primeira “novidade” do céu
Urano foi o primeiro planeta descoberto com o auxílio de instrumentos ópticos, em 13 de março de 1781, pelo astrônomo William Herschel. Até então, todos os planetas conhecidos eram visíveis a olho nu — do Sol até Saturno. Ou seja, sempre soubemos que eles estavam lá. Urano quebrou essa regra, apareceu sem aviso, como quem chega para provar que existe muito mais do que podemos enxergar.
Essa descoberta mudou a nossa visão de mundo — e também a Astrologia. Mostrou que há forças invisíveis, que atuam mesmo sem estarem sob nossos olhos.
E na vida, quantas vezes algo inesperado nos obriga a enxergar além do que achávamos possível?
Urano simboliza esse momento: o instante em que a realidade se expande.
A Astrologia Tradicional e seu olhar técnico
Na Astrologia tradicional — praticada por séculos antes da descoberta de Urano — os luminares, sete planetas visíveis formavam a base de cálculo e interpretação: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Esse sistema é fechado, baseado em proporções, dignidades e simetrias específicas. Por isso, alguns Astrólogos mais clássicos preferem não utilizar Urano, Netuno e Plutão — por entenderem que esses corpos, invisíveis a olho nu, não participam da mesma harmonia original.
A Astrologia Moderna e a expansão da consciência
Já a Astrologia moderna viu na descoberta de Urano uma nova camada simbólica: o planeta que rompe padrões, acelera mudanças, revoluciona ideias. Ele passou a ser considerado regente moderno de Aquário, em contraponto à Saturno, regente tradicional. E, com ele, vieram também Netuno (regente moderno de Peixes) e Plutão (moderno de Escorpião).
A Astrologia contemporânea passou a usar esses planetas como agentes de transformação coletiva e espiritual, sem substituir as bases técnicas antigas — mas enriquecendo as leituras com novos arquétipos.
O melhor dos dois mundos
Hoje, muitos Astrólogos (inclusive eu - afinal tenho Sol conjunto a Urano em Sagitário) combinam as duas abordagens. Mantêm as regências clássicas para análise estrutural, mas consideram Urano como complemento essencial, especialmente para trânsitos, progressões e ciclos de transformação coletiva.
Afinal, Urano fala sobre rupturas... mas também sobre liberdade. Sobre aquilo que vem de fora, e também o que desperta de dentro.
O lado humano de Urano
Urano não é apenas o planeta do choque. Ele é o convite para sermos agentes ativos da nossa própria revolução interna.
Ele nos desafia a romper com o que já não faz sentido. A ir além da repetição, da estagnação, do automático. A lembrar que nem tudo está perdido — sempre há um caminho que ainda não enxergamos.
E assim como nas leis herméticas, se somos o microcosmo desse macrocosmo... se os movimentos do céu se refletem aqui embaixo... então cada revolução celeste carrega em si o potencial de uma reinvenção nossa, né?
“A Astrologia nos ensina que olhar para cima é também uma forma de voltar para dentro.”
Cris Colchesqui | Astro Vision
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